esta brutal oficina que nunca mais.
30 dezembro 2011
29 dezembro 2011
the hospital handbook #2
julio ramón ribeyro
(dir-se-ia sentado exactamente no sítio onde, hoje, estou sentado. talvez tenha, um dia, estado eu sentado, no exacto sítio onde ele se sentava. entre um e outro, o tempo. mas o tempo não existe. nós sim - ele, ontem; eu, hoje; tu, amanhã. isto é: todos nós que somos todos nós e que somos apenas um só.)
julio ramón ribeyro
(dir-se-ia sentado exactamente no sítio onde, hoje, estou sentado. talvez tenha, um dia, estado eu sentado, no exacto sítio onde ele se sentava. entre um e outro, o tempo. mas o tempo não existe. nós sim - ele, ontem; eu, hoje; tu, amanhã. isto é: todos nós que somos todos nós e que somos apenas um só.)
28 dezembro 2011
the hospital handbook #1
lá, onde as trevas caem,
zelando com maternal invertido zelo
pela mãe que, a teus pés, jaz confundida,
está tu, luminosa e serena possibilidade
de vencermos juntos a doença e o pesadelo.
zelando com maternal invertido zelo
pela mãe que, a teus pés, jaz confundida,
está tu, luminosa e serena possibilidade
de vencermos juntos a doença e o pesadelo.
és filha e és bálsamo:
toda tu esculpida por mão perfeita,
toda tu feita da coragem mais destemida.
27 dezembro 2011
para vós, meus entes queridos, que lutam pela vida - a vossa e a nossa -, all my love.
lie still, sleep becalmed
lie still, sleep becalmed, sufferer with the wound
in the throat, burning and turning. all night afloat
on the silent sea we have heard the sound
that came from the wound wrapped in the salt sheet.
under the mile off moon we trembled listening
to the sea sound flowing like blood from the loud wound
and when the salt sheet broke in a storm of singing
the voices of all the drowned swam on the wind.
open a pathway through the slow sad sail,
throw wide to the wind the gates of the wandering boat
for my voyage to begin to the end of my wound,
we heard the sea sound sing, we saw the salt sheet tell.
lie still, sleep becalmed, hide the mouth in the throat,
or we shall obey, and ride with you through the drowned.
dylan thomas
26 dezembro 2011
24 dezembro 2011
22 dezembro 2011
telephone lines all across the world
people fight all across the world
angels sing all across the world
baby, you and me all across the world
jackie chan flashing all across the world
hulk hogan flashing all across the world
baby, let's go fly all across the world
baby, let's go fly all across the world!
they call me the believer
they call me the believer
they call me the believer
they call me the believer
telephone lines all across the world
people fight all across the world
angels sing all across the world
baby, you and me all across the world
jackie chan flashing all across the world
hulk hogan flashing all across the world
baby, let's go fly all across the world
baby, let's go fly all across the world!
they call me the believer
they call me the believer
they call me the believer
they call me the believer
FELIZ NATAL!
20 dezembro 2011
18 dezembro 2011
16 dezembro 2011
untitled words, untitled works
flores colhidas com os lábios. uma canção impossívelmente romântica, a rasgar a noite. poesia escrita a fogo e pele. um estremecimento qualquer. palavras inventadas, a sair do forno. uma semântica livre. liberdade sem perguntas. um abraço inesperado. um disco perdido. um bilhete para a alegria. uma canção eléctrica, a ferver, no meio da madrugada. a pergunta certa. não ter medo. entender que, às vezes, desaparecemos, mas que voltamos sempre. carácter. bondade inabalável. noites longas, largas, lentas, lânguidas, lábeis. a aurora numa cidade nova. café. filmes, como no meu tempo. o sporting. dignidade nos gestos. pele. a praia no inverno. a praia no verão, quando a tarde finda. conduzir no alentejo, de janelas abertas e coração aceso. jantares sem relógio. design, em sentido lato. simplicidade. conversar conversar conversar. laços de ternura. as memórias do meu país afectivo. sentido de família. espírito livre. gentileza em terra hostil. fósforos metafóricos. sol, sul, sal. amanhãs que teimam em cantar. brilho nos olhos dos outros. o conforto dos estranhos. amanheceres interiores. todos os/as avós do mundo. rostos desconhecidos que nos comovem. amor em estado puro. sensibilidade e bom-senso. absoluta fome de absoluto. coisas anacrónicas. palavras como crepitar, feérico, embriaguez, transbordante. roçar o ridículo para ousar o sublime. reconhecer os mestres. ter memória. a gratidão. heróis improváveis. amores impossíveis. generosidade desinteressada. pessoas que perguntam 'como estás?' e esperam pela resposta. valores. a estética da ética. a ética da estética. viver o melhor possível. livros que nos rasgam em mil. livros que nos reconstroem. filigranas subtis. a beleza de certas lágrimas. mudar a nossa rua. uma mão estendida. acreditar sempre. ler prosa e senti-la como poesia. ser justo. delicadeza avulsa. os detalhes. viagens cá dentro. horizontes em branco. esculpir palavras. tu, sujeitinha improvável, que talvez nem sequer existas. ou que talvez já tenhas morrido. ou que talvez ainda nem sequer tenhas nascido. que não - nunca - me desiludas.
13 dezembro 2011
12 dezembro 2011
take my prize
taste myself
the wonders days,
it's fine
once my life
i step and slide
i grow and talk
but you don't tell me
i escape from dones
i grow inside
i taste your god to deny
yourself to mine
take my prize
take your gun
i drive inside
of a wrong road to fight
i clap and don't
i smile to the one
who smile to the girl
who is petrified to fight
you smell hope
so why should you
grow in places
of the new concept
i smile too
the girl smile smooth
so i should i
come to get you..
08 dezembro 2011
06 dezembro 2011
como se a melhor canção dos anos oitenta
tivesse sido gravada hoje - exactamente hoje -.
espanto? nenhum.
afinal, também ficou gravado lá atrás - nesses exactos anos oitenta -
o melhor do nosso século vinte e um.