lovebird
esperava por aviões de papel
impossivelmente polinizados
por esse estranho amor por ela
enquanto
a negra caligrafia do rapaz
esperava no espaço que era (d)ela
por mil aeroplanos em flor
e pelo amor dele nela.
és como a flor de laranjeira / que apesar de invisível aos olhos / penetra nas narinas do moribundo / e é delícia, tudo na vida / por uns segundos antonio gamoneda - in 'o livro do frio'