#3
claro que poderia escrever horas a fio, cruzando milhares de partículas subcutâneas com a cor avelã dos teus olhos.
claro que poderia dizer-te que cruzei meia-lisboa para escutar o meu amigo m.ward cantar uma linha - uma estúpida linha de uma estúpida canção -, aquela em que ele fala dessa coisa que é o 'endless summer in your eyes'.
claro que poderia ser, como é quase toda a gente, e como parece que achas que eu sou, um bocadinho egoísta, e escrever aqui um pedido que metesse as palavras carpintaria, cofragens, portas, janelas, postigos - uma entrada qualquer, por mais suave, por mais minúscula, que fosse.
tudo isto seriam possibilidades plausíveis - creio que razoáveis até. mas não, não vou por aí, pelo caminho mais óbvio ou mais fácil (ou porventura mais desejado).
para ti, tenho apenas um pedido, dito, ali em cima, com muito mais beleza do que alguma vez serei capaz: por favor, 'let the happiness in'.
até eu, eventualmente 'blinded by the daisies in your yard', sou capaz de ver o quão importante isso pode vir a ser. para quem? para ti. para ti. para ti.
o que foi que eu te prometi, afinal? não desistir de te trazer de volta ao mundo. com delicadeza e com flores. 'all that i've got'.
1 Comments:
When Poets dreamed of Angels
Como poeta que és, de flores ou anjos, espero que o teu sonho se torne na mais pura verdade.
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