20 março 2011



the mirrors, esbeltos rapazes, ainda a afinarem o que há-de ser uma máquina. a canção chama-se "fear of drowning" e as imagens foram captadas há poucos meses. reparem no som totalmente anos oitenta, apesar da tecnologia electrónica em palco. reparem no visual, algures entre o retro e futurista - mas impecável. reparem nos gestos, como se os germânicos kraftwerk tivessem reencarnado, nestes sobrinhos por tangente. reparem na melodia em expansão, muito new order. reparem em como hoje é ontem; e em como ontem era já amanhã. como sempre vos tenho dito, o tempo é o inimigo externo. o resto são coisas cá dentro. o que quer dizer também aí dentro. sorry about that, folks. e perguntam-me: como é que uma cançãozinha tem tudo isto dentro dela? é simples: porque tudo tem tudo. e esta é a cosmogonia em que escolhi acreditar. isso e aquela coisa de ter bom coração - muito diferente de se ter um coração bom, em bom estado. the mirrors, esbeltos rapazes que só podem ser súbditos de sua majestade. e, por baixo, por dentro, por cima, por fora, algo a sonhar(-se). a sonhar-te, também. sempre.