há quatro décadas, já antonioni antecipava - e, de certo modo, fixava - a sacrossanta igreja mediática, em cujo altar reina majestosamente a velha máxima "o que não é (tele)visto, não existe". da aldeia global aos quinze minutos de fama, do teletrash viciante e vicioso ao apogeu do video matando as antigas estrelas da rádio, da cultura paparazzi ao império eregido pela pink press, tudo é hoje transaccionável através de, e pela força das, imagens. na era do simulacro, melhor a foto do que a humana voluptuosidade pulsante, ali mesmo, à mão de semear - mas também à mão de fotografar.
a culpa não é do facebook, desta vez. mas a responsabilidade há-de ser de alguém. depois queixem-se.
2 Comments:
=(
(..'Were only human; this at least weve learned'..)
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