chalmers butterfield captou assim esses míticos anos cinquenta estadunidenses. neste caso, estamos em rocksprings e em cripple creek, respectivamente (ambas no colorado) - algures, portanto, na grande nação americana.
a película é kodachrome - marca devidamente registada e que ficou para a história da fotografia (logo para a nossa própria história).
este é o país que vive o e do sonho americano. a terra das oportunidades. mas também a pátria da expressão 'nunca há segundos actos na vida dos americanos'.
no fundo, é como uma metonímia - os estados unidos como representação do mundo; e os americanos como representação de todos nós.
como compatibilizar todas as possibilidades com o determinismo que nega o segundo acto? e entramos assim no campo da lógica mais pesada, do pensamento filosófico sofisticado, dos paradoxos metafísicos.
pensamos, manhã cedo, nesses anos cinquenta, cristalizados nos fotogramas acima. ou seja: pensamos já neste aqui e agora, visto a partir do futuro.
a tecnologia evoluiu, entretanto, de forma estonteante. e evoluirá, seguramente, nas próximas décadas, de forma inimaginável à luz dos arquétipos que hoje usamos. a pergunta, contudo, mantém-se: e a metafísica, continuará na exacta mesma posição, essa insolúvel risada cósmica? ou será antes o silêncio (na metafísica, talvez a pior das respostas)?
entre o silêncio e a risada, presos a um fotograma anacrónico - eis o nosso destino.
já falámos de coisas mais alegres, não já? haja saúde.
1 Comments:
"(na metafísica, talvez a pior das respostas)"
obviamente discordo!
há respostas piores, como, sem dúvida, aquelas que nos levam a caminhos auto-flageladores.
abraço
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