um dos clássicos escritos por kurt weill mais vezes objecto de interpretações, ao longo das últimas décadas, é a conhecida "september song".
porque as coisas são sempre abordáveis através de diversas lentes e também porque hoje é o último dia deste setembro, deixo-vos uma versão radical da canção. os young gods, banda que pratica um rock minimalista, desconstrutivo, incorporando elementos vindos das electrónicas e da chamada "música industrial", resolveu dar a volta à canção.
no fundo, perdida a ganga, fica só osso - bem se poderá dizer do resultado. notável também - naquele sentido em que certas estranhezas produzem admiração no plano das ideias, mesmo que sem adesão emocional ou estética - a forma como desaceleram uma canção já de si lenta, como que parando-a no tempo, ao mesmo tempo que a decompôem em partículas que quase intuímos, que quase "vemos no ar"..
não, não é uma coisa exactamente bonita. não, não é sublime, como nós gostamos. mas ensina qualquer coisa. e isso é sempre, já sabem, precioso.
the young gods, ladies and gentlemen.
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