o pior inimigo do "blogger": a auto-censura. o segundo pior inimigo do "blogger": a pretensão de que é possível continuar "a vida lá fora", como era dantes.
não é. e não é, porque quem lê, assimila, desde logo - e interpreta e atribui e condiciona-se, etc, etc. mas não é, também, porque o sujeito é ele próprio um outro - um saltinho rápido e concluímos que quem tinha razão era aquele francófono rapaz que dizia "je suis un autre". sem dúvida, apesar de sabermos que não estaria a falar da era dos blogs, naturalmente.
as boas teses, os bons "insights", têm essa curiosa característica: resistem ao tempo (mesmo se séculos); resistem à alteridade (mesmo quando mudança de paradigma).
dizia, já plenamente consciente, que me apetece escrever algo assim:
um trago generoso de rock and roll, uma porção q.b. de boa poesia e um twist de ultra-violência vintage. o caminho mais curto para a abdicação zen.
dito isto, o número de convites, lá fora, para tomar café vai diminuir a olhos vistos. bem me parecia. ou de como, mais uma vez, será caso para absolutamente dizer: 'i told me so'.
que bom é escrever de coração ao vento.
aquele abraço. para ti também.
não é. e não é, porque quem lê, assimila, desde logo - e interpreta e atribui e condiciona-se, etc, etc. mas não é, também, porque o sujeito é ele próprio um outro - um saltinho rápido e concluímos que quem tinha razão era aquele francófono rapaz que dizia "je suis un autre". sem dúvida, apesar de sabermos que não estaria a falar da era dos blogs, naturalmente.
as boas teses, os bons "insights", têm essa curiosa característica: resistem ao tempo (mesmo se séculos); resistem à alteridade (mesmo quando mudança de paradigma).
dizia, já plenamente consciente, que me apetece escrever algo assim:
um trago generoso de rock and roll, uma porção q.b. de boa poesia e um twist de ultra-violência vintage. o caminho mais curto para a abdicação zen.
dito isto, o número de convites, lá fora, para tomar café vai diminuir a olhos vistos. bem me parecia. ou de como, mais uma vez, será caso para absolutamente dizer: 'i told me so'.
que bom é escrever de coração ao vento.
aquele abraço. para ti também.
2 Comments:
Será que pode haver um terceiro inimigo? Aquele que nos faz pensar que nada lá fora será como dantes? Talvez a mais célebre frase de Voltaire (enfim, para mim, que sou bastante ignorante) se possa aplicar também às relações humanas.
Por ventura a frase, escrita numa bela letra, e que começa por "I'm leaving..." termine simplesmente com "but I'll be back". Mesmo que quem escreve a primeira não seja quem escreve a segunda.
Inimigos não faltam. Assim existam amigos. Normalmente, pensamos que a relação proporcional é a inversa (menos daqueles lá atrás e mais destes últimos), mas isso é antes de escrevermos com metáforas. Os inimigos silenciosos - "those insidious insiders" - são os piores. Os outros, aqueles que respondem pelo humano nome, podem sempre ser tratados com outras receitas, daquelas mais tradicionais.
Gostei mesmo foi do seu remate final, qual "Liedson da blogoesfera" (mas em forma!!): talvez, entre esse "leaving" e esse "return", a chave seja exactamente a alteridade do sujeito - que é já "outro".
Fez-me pensar. Gosto disso, meu caro.
Um abraço e as flores da (des)ordem,
gi.
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