25 agosto 2010

esta noite, muito provavelmente, o meu serão será passado a visionar (verbo tão anos oitenta..!) o quinto capítulo da série "comédias e provérbios", do senhor eric rohmer, de seu nome "le rayon vert". confesso que não sei se a palavra certa é ver ou rever. é que os filmes de eric rohmer têm tantos detalhes, que nunca sabemos se vimos 'a versão definitiva'. e são tão especiais que mudam, ao longo da vida. quero dizer: o nosso olhar, que vai amadurecendo, sendo - ver poema abaixo - tingido pelas cores e matérias de que a vida é feita, vai mudando. o filme assume assim uma variável geometria evolutiva, como se fosse um ser vivo ou, teoria nada disparatada, um espelho do que nós próprios somos, a cada momento.