ensaio filosófico? catarse existencial? filigrana construída com cérebro e coração em permanente despique? exercício de hermenêutica? ethos e pathos, no seu verso e reverso? reverberação subtil? cosmogonia privada? um homem em transe com a sua língua materna? fragmentos biográficos ampliados? uma comovente reflexão antropológica? tudo isto e nada disto.
o mais improvável elogio do meu ano literário: amigo exigente destas coisas das letras escreveu-me 'ao lê-lo pensei que podia ter sido escrito por ti'. vale o que vale que nestas coisas da amizade, mesmo que bissexta como é o caso, a lucidez normalmente entra num certo 'estado de suspensão'. mas que me deu ânimo e coragem para continuar a escrever.. lá isso deu. bem-haja, amigo.
'Ó' está editado em Portugal, pelas edições Cotovia. não há desculpas, portanto! ;).
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