uma semana de hospitais pode ter, como já disse, um nada dispiciendo carácter formativo. desde generalidades avulsas (há excelentes profissionais e maus profissionais, como em todo o lado; há um certo registo de eficiência e aprumo que vai fazendo o seu caminho; ainda há muito para fazer, em termos de "customer service" por parte de algum pessoal médico, de enfermagem e auxiliar; etc.) até coisas mais íntimas e reflexivas (por exemplo, vem-nos à memória o ensaio filosófico(?) de susan sontag, de seu nome "olhando a dor dos outros / regarding the pain of others", na qual ela defende o direito inviolável à intimidade, o dever do pudor no olhar, e que só quem tem o poder de curar ou de atenuar a dor deverá ter acesso à observação - não é bem a palavra.. - do sofrimento alheio).
tudo coisas fortes, está bem de ver. tudo coisas necessárias, dizemos também.
tudo coisas fortes, está bem de ver. tudo coisas necessárias, dizemos também.
1 Comments:
Quando queremos - e também quando podemos... - uma semana de hospital é mais do que o "simples" (e vc perceberá o que está por detrás desta expressão) acompanhamento de alguém que nos é querido. Há a possibilidade de ver o país que sofre e imaginar a tragédia que se abate sobre tanta gente sem companhia, sem rede social, sem cultura, desenquadrado de uma linguagem reservada aos herméticos.
Fugimos da dor como o diabo foge da cruz mas, parafraseando alguém, quem não é para viver com dor não é para viver com saúde.
Partamos de flor ao peito, porque a vida é um mistério.
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