30 maio 2010


da semiótica de domingo à noite

eu, que detesto arqueologias afectivas, na sua vertente material, dei de caras com resquícios de uma coisa qualquer (aqui estou a estilar - usar uma figura de estilo, como quem usa um skate). esta coisa qualquer é um caderninho, pequenino, para usar no bolso da camisa porventura, simulando a capa de um livro. nas costas, um calendário do ano 1993. lá dentro, folhinhas em branco ainda imaculado. o título do livro? pois. chama-se 'o livro dos amores risíveis'. e assim, em 1993, o futuro, estando ainda por escrever, estava todo ele, afinal, já escrito (aqui estou a estilar, uma vez mais - para não darem o v/ tempo como totalmente perdido, sempre se entretêm com este uso que faço da lusa língua). é caso para dizer: ora bolas, senhor kundera. ora bolas. a brincar à semiótica com um pobre como eu?