de onde vem esse cansaço ontológico
que arde nas coisas mais incombustíveis?
de onde vem essa chama gasta que desgosta
e engana, imagem de luz sem substância?
de onde chegam todas essas palavras
laças, baças, que colidem e iludem?
de onde saíste tu, emoção desengonçada
e mansa, esfera vazia que esmaga?
de onde vem todo esse deslizar suave
para os braços do abismo mais doce?
de onde vem todo esse torpor,
esse desaguizado interior,
essa fúria inconsequente?
esse espúrio fulgor,
esse ácido rumor,
esse des(armado)amor?
deste desamor?
1 Comments:
Gostei bastante do poema, Gi.
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