05 março 2009




- não gosto de algum 'bota-abaixismo editorial';
- não gosto da tendência 'caça-fantasmas' que assoma, de vez em quando;
- não simpatizo especialmente com o sr. director;
- não gosto de uma certa menorização do meu mui amado sporting club de portugal;
- não gosto de certa crítica que, por vezes, roça o 'delicodoce em circuito fechado';
- não gosto de mais umas tantas coisas, estou seguro.

dito isto, o jornal 'público', que faz hoje 19 anos, é o único jornal de referência que resta ao país, a par de metade do 'diário de notícias' e de metade do institucional 'expresso'. mas o 'público' ainda é, como dizer, inteiro.

ler o 'público' não é ter uma determinada concepção ideológica. não é pertencer a determinado segmento 'mais intelectual e bem-pensante'. pode ser tudo isto - como tudo, bem vistas as coisas, pode ser tudo e o seu contrário - e pode não ser nada disto..

ler o 'público' é simplesmente 'ter mundo'. e 'ter mundo' ajuda sempre a fazer do mundo um lugar um bocadinho melhor - mais civilizado, mais informado, menos rígido, menos fundamentalista, mais equilibrado. e, sim, também mais bonito.

parabéns a todos vós, que mostram uma tão coisa simples e tão importante, principalmente em momentos de crise (seja de que tipo for): afinal, ainda é possível. afinal, sempre tudo será possível.

ah, e porque o momento é especial, uma pequena confissão: já houve dias em que foram as v/ páginas que seguraram algumas furtivas lágrimas minhas. hoje, a título excepcional, merecem saber isto. fica dito, para que se saiba no 'great scheme of things' (essa genial formulação da língua inglesa).