para que não esqueçamos
..para que não mais esqueçamos que a água é a pedra mais dura.
..não podia durar.
..suspendendo por instantes o desejo de estar noutra cidade.
..amanhã, enfim, voltarei a casa.
..ficaria muito feliz se voltasses a cantar.
..por um momento, antes de desaparecerem.
..depois, começou a escurecer.
..acaba-se sempre demasiado depressa.
..não fazer nada, que é pior.
..o discurso opcional obrigatório.
..qualquer amada é eurídice, se a olharmos bem.
..os sonhos suicidam-se com soníferos.
doze excertos finais de doze poemas de mariano peyrou (argentina, 1971), traduzidos por manuel de freitas, para a revista 'telhados de vidro', n-º10, de abril de 2008, editora averno, pela ordem inversa de impressão.
..não podia durar.
..suspendendo por instantes o desejo de estar noutra cidade.
..amanhã, enfim, voltarei a casa.
..ficaria muito feliz se voltasses a cantar.
..por um momento, antes de desaparecerem.
..depois, começou a escurecer.
..acaba-se sempre demasiado depressa.
..não fazer nada, que é pior.
..o discurso opcional obrigatório.
..qualquer amada é eurídice, se a olharmos bem.
..os sonhos suicidam-se com soníferos.
doze excertos finais de doze poemas de mariano peyrou (argentina, 1971), traduzidos por manuel de freitas, para a revista 'telhados de vidro', n-º10, de abril de 2008, editora averno, pela ordem inversa de impressão.
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