regresso
não vim à procura de nada
nem de saudades que não tenho
nem de carga do tempo perdido
nem de conflitos sobrenaturais
do tempo e do espaço
amei desde criança
certas coisas que não choro
fui a pureza deslumbrada que não volta jamais
o vidro sem ranhura que o sol atravessa
a pureza
que me deixou feridas imortais
vim para ver
para ver de novo
para contemplar sem perguntas
não vim à procura de nada
não me perguntem por nada
um rio não se interroga
o vento não se arrepende.
alberto de lacerda
[em memória de um homem que não foi deste mundo.]
nem de saudades que não tenho
nem de carga do tempo perdido
nem de conflitos sobrenaturais
do tempo e do espaço
amei desde criança
certas coisas que não choro
fui a pureza deslumbrada que não volta jamais
o vidro sem ranhura que o sol atravessa
a pureza
que me deixou feridas imortais
vim para ver
para ver de novo
para contemplar sem perguntas
não vim à procura de nada
não me perguntem por nada
um rio não se interroga
o vento não se arrepende.
alberto de lacerda
[em memória de um homem que não foi deste mundo.]
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