ela é uma senhorita muito bem sucedida, de acordo com o moderno cânone ocidental. muito senhora do seu nariz, polemista por natureza e devoção, dir-se-ia que se encerra a si próprio naquele limbo dos que, se quisessem, poderiam ir muito mais além, mas que, por fascínio pelas luzes, 'vão ficando aquém'.
ela é uma senhorita que tem uma corte de 'inimigos de estimação', como sempre têm as pessoas que se destacam em países pequenos. de justiça, porém, dizer que uma generosa fatia de anti-corpos são por ela própria alimentados, com zelo e disciplina, espécie de caução para o seu próprio lugar no tecido da indústria (e da sociedade) em cujas águas navega.
ela é uma senhorita que não merece a minha atenção, nem a minha simpatia, nem a minha condescendência, nem nada de mim - a não ser tudo, pelo simples facto de ser minha semelhante, no sentido lato da palavra (e essencial).
nos últimos tempos, em plena 'silly season', tenho-me deparado com escritos dela, aqui e ali, soltos ao vento, sem grande critério que não o de continuar a alimentar 'o grande circo'.
e eis senão quando.. começo a reparar no muito que tenho a aprender / no muito que tenho aprendido com ela. por muito que me custe reconhecer, há nela uma coisa que ela tenta disfarçar com a sua permanente propensão para a 'boutade', para a 'estilização': capacidade de perceber (raro) e capacidade de explicar o que percebe (mais raro), de forma muito simples (ainda mais raro).
a lição? humildade (para mim). e a constatação daquela frase que tantas vezes usei: 'nos terrenos mais inóspitos, nos solos mais improváveis, nascem as mais belas flores'.
ora toma, gi.
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