tivoli
seria um conto de fadas
num jardim de chuva
se não fosse já tão tarde.
o teu sorriso sobreviveu, não
abandonou sequer por um momento
a cadeira do mezzo bar,
apesar das luzes e dos gritos da cidade.
esperavam, entre cervejas,
a chegada da rainha da neve,
um pesadelo que lhes fizesse
mais próxima e feliz a noite.
nós estávamos, porém, demasiado
longe de saber que tudo ou quase tudo
serve unicamente para nos distrair da morte.
manuel de freitas, in 'brynt kobolt', averno, 2008
[e quando não estamos, meu caro manuel, e quando não estamos?]
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