onde outros tinham armas e terror
ela tinha lágrimas e amor,
onde outros gastavam 'eu'
ela dava-se na palavra 'teu',
onde outros bebiam para esquecer
ela vivia para de si própria não morrer.
por ter medo - tanto - das rosas,
por se lembrar doutros tempos, doutras casas,
morria, todos os dias
de avulsa melancolia,
e de outras coisas.
ela tinha lágrimas e amor,
onde outros gastavam 'eu'
ela dava-se na palavra 'teu',
onde outros bebiam para esquecer
ela vivia para de si própria não morrer.
por ter medo - tanto - das rosas,
por se lembrar doutros tempos, doutras casas,
morria, todos os dias
de avulsa melancolia,
e de outras coisas.
1 Comments:
As rosas doem.
Como disse Natália Correia, há "uma ocupação do mundo pelas rosas": florescem por dentro e por fora. Não dão tréguas.
Há uma inocência perdida e as rosas continuarão sempre a desabrochar pela vida fora.
Sim, a Primavera
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