deitado no oceano de relva, olhando o céu jubiloso, sonhava. a seu lado, uma rapariga - filha? outra coisa qualquer? seguramente rapariga-daquelas-já-mulher.. - mimetizava-lhe o jeito, espelho simétrico quase perfeito. dir-se-iam casal de namorados, algures nas ruas da-paris-dos-filmes-do-cinema. por mundo, a relva; por céu, o céu; por coração, o coração-teu. príncipes sem coroa, corpos em convulsão, aquele lânguido 'slow motion' do amor à espera de combustão. o tempo parado por eles, natalie wood e warren beatty em português e não dos melhores. mas o amor é esperança e esperanto em fazer da noite dia e deste um dia bem maior.
era só um pedinte de rua, e com fraca perna,
exposição cruel da mesma imperfeita carne
que no semáforo em que parado eu os olhava
em rugas mil me dobrou por dentro
e, em slow motion impossível, me rebentou a tarde.
era só um pedinte de rua, e com fraca perna,
exposição cruel da mesma imperfeita carne
que no semáforo em que parado eu os olhava
em rugas mil me dobrou por dentro
e, em slow motion impossível, me rebentou a tarde.
3 Comments:
Entardeceres em nós.
E tudo à distancia de um esgar que persiste escancarado para um mundo que pensamos poder filtrar.
Flores de Inverno à flor da pele, flores de Inverno que arrancam palavras... e há quem as ouça, há flores da Primavera que escutam as suas palavras e lhes falam.
Belo texto. Excelente simbiose entre "Beautiful Losers" e "Beautiful Stranger".
Que se continue a despontar por essa Primavera fora!
Enviar um comentário
<< Home