fui
e regressei.
de onde vim
não sei.
mas fui.
e regressei.
- isso eu sei.
foi
e deixou de ser.
o que foi
não sei.
mas foi.
e nesse passado de que regressei sei que fui
- isso também eu sei.
estive, estiveste, estivemos
como um dia deixámos de estar.
o que eras
já não sei dizer.
mas sei que estiveste,
quando te conjugava com todo o verbo ser.
merecíamos, dizem-me aqui,
caixa alta e tudo,
- queres tu ver..
(relembro-me: isto tudo eu sei.)
mesmo que partida de entrudo,
já não faz qualquer mal
perder assim perdido
esse horizonte futuro.
afinal, quantas semanas são mesmo
entre o nascimento do menino
e essa triste coisa - o carnaval?
para ti (que tudo entendes)
aqui fica um longo etecetera,
em português de portugal.
(algures entra, claro, meu coração,
mas esquece-o, coisa e tal.)
és agora fina e breve
espécie de memória futura,
como a vida, afinal:
dura só enquanto dura.
(já te disse mas repito:
vai em paz.
nada já me faz mal).
4 Comments:
do mais belo e profundo,que li nos últimos tempos...como diria my brother,'brutal'gi,brutal!!
rita
O chão cobriu-se de uma fina camada de gelo. Senti o abalo que estremeceu dentro de ti aqui rapaz! Sim, a primavera...
Reciclagem.
(bravo)
e depois?
aprender a fazer tempo a ver se o copo enche?
tu já viste isto? nós
espera espera e espera
e espera só mais um bcadinho
e depois assim de repente
desata a atravessar com o sinal vermelho.
sabes lá gi!?
fui lá ver mais de perto
e afinal
perdido por 100 e perdido por mil
não era bem a mesma coisa.
deviam ser proibidos os bilhetes de ida e volta
não achas?
queimados ou assim
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