o rapaz que fazia livros
a escrita de obituários é uma arte agridoce. tradição muito presente na imprensa anglo-saxónica, encontra em portugal poucos cultores do género e ainda menos pessoas verdadeiramente capazes de a levar a bom porto, sem cair no panegírico puro e simples ou, nos antípodas, num factualismo quase frio.
um dos bons escritores de obituários é o nosso antigo diplomata josé cutileiro que, semana após semana, nos brinda nas páginas do jornal 'expresso' com textos que, só por si, valem meio jornal. assinalar a morte, brindando à vida, por assim dizer.
isto tudo serve de introdução (e de preparação) para partilhar convosco a nota escrita hoje mesmo, no segundo caderno do jornal 'público', pelo jorge silva melo, a propósito da morte de olímpio ferreira, um dos grandes paginadores portugueses da última década, apesar da sua juventude.
talvez agora que estudo 'edição de livros' esteja mais desperto para estas coisas - quantos de nós sabemos o que é um paginador e a sua imprescindível função para que possamos ter o prazer de ler um livrinho?
mas o importante não é isso. o importante é nós lermos as palavras - tingidas pela dor e pela emoção - do jorge silva melo e percebermos que este era um rapaz que valia a pena.
morreu com 40 anos, de forma inesperada.
e era um 'rapaz que fazia livros' - que coisa mais bonita de se dizer!
um dos bons escritores de obituários é o nosso antigo diplomata josé cutileiro que, semana após semana, nos brinda nas páginas do jornal 'expresso' com textos que, só por si, valem meio jornal. assinalar a morte, brindando à vida, por assim dizer.
isto tudo serve de introdução (e de preparação) para partilhar convosco a nota escrita hoje mesmo, no segundo caderno do jornal 'público', pelo jorge silva melo, a propósito da morte de olímpio ferreira, um dos grandes paginadores portugueses da última década, apesar da sua juventude.
talvez agora que estudo 'edição de livros' esteja mais desperto para estas coisas - quantos de nós sabemos o que é um paginador e a sua imprescindível função para que possamos ter o prazer de ler um livrinho?
mas o importante não é isso. o importante é nós lermos as palavras - tingidas pela dor e pela emoção - do jorge silva melo e percebermos que este era um rapaz que valia a pena.
morreu com 40 anos, de forma inesperada.
e era um 'rapaz que fazia livros' - que coisa mais bonita de se dizer!
2 Comments:
Que tenha sido muito feliz não sei, mas que tenha feito as outras pessoas mais felizes, disso não tenho dúvidas.
conheço um 'rapaz que faz sorrir'!
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