23 setembro 2007

madrid: ano zero



a noite branca ao encontro das dezenas, centenas, de milhar de pessoas que inundaram a zona central da cidade.
um enorme formigueiro humano, explodindo em todas as direcçoes, transversal, transgeracional, transportando-nos para uma outra IDEIA de cidade.
a cidade diurna, com os seus rituais, ruídos e risos, agora transmutada pelo efeito luminoso do céu nocturno - como se indecisa entre o fuso horário oficial e uma outra espécie de fuso horário mais afectivo.

e jardins, ideia à solta.
e os templos da tailandia, e um bilhete para esses lugares onde gritamos o segredo para dentro de uma árvore. azuis escuros nunca vistos.
e a explicaçao da poesia contada com eloquência e palavras certeiras.
ideias que se transformam, vao e voltam, inebriante vai e vem feito do que somos e do que deixámos e do que vem aí.

e caminhamos caminhamos caminhamos, sorvendo tudo e todos, com um passo estugado por fora e um passo que nao sabemos definir cá dentro.

porque madrid, esta cidade a que muitos dao apenas nome, é agora mais do que uma ideia. é uma outra ideia à solta em nós, fazendo o seu inexorável caminho.

bebemos um vinho, rioja, de nome muriel. assalta-nos a cidade e todas as cidades e a a ideia e todas as ideias. sorrimos para os amigos, sorrimos muito, deixamos o vinho fazer o seu percurso dentro de nós.

mas nao esquecemos muriel, todas as mulheres por inventar. nao nos esquecemos. nao nos esquecemos que estamos em madrid, nesta madrid. mas que somos nós que estamos em madrid.

'mas que nao me desiludas'.

1 Comments:

Blogger Abssinto said...

Fiquei lá perto a dormir, quando fui de visita o mês passado. É mesmo uma cidade nobre sem ser altiva, como dia um dos tantos Reis Filipes.

Madrid, te quiero mucho!

abraço

segunda-feira, setembro 24, 2007 8:14:00 da tarde  

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