em 1998 fiz aquela que é, até à data, a mais marcante viagem da minha vida: nepal, tibete, um bocadinho de india.
dessa viagem, desse bando de desalinhados que o destino cruzou nesse setembro/outubro de 1998, ficou a amizade com um casal de médicos franceses (ele: espécie de saltimbanco, à época, correndo de emprego em emprego, de cidade em cidade; ela: correndo com ele, filha de marroquinos, típica segunda geração de imigração em frança; ambos: entusiastas 'trekkers' e apaixonados pelo continente asiático).
ontem, jantei com o philippe (e com uma prima minha que me desafiou na altura para esta viagem de uma vida), no nosso bairro alto.
(irresistível de contar o pormenor do beijo - que retribuí, pois claro - na face, à francesa portanto, com que me saudou, em plena recepção de hotel, perante o olhar dos empregados, ajudantes de empregado, chefes de empregado, recepcionistas de segunda, porteiros de primeira, etc, etc.)
nove anos depois, o sr. dr. está a participar num congresso internacional de cardiologistas, tendo duas apresentações a fazer em workshops temáticas, digamos assim. mas continua a ser o phillipe de quem fiquei amigo para a vida.
num diálogo arrastado e arranhado, mas vivo e brilhante, meio em francês, meio em inglês, disse-me: sabes que a empatia entre as pessoas não tem explicação, nem precisa de ter. não se baseia na origem geográfica, cultural, social. não se baseia no que fazem, na sua biografia. tudo influencia, claro, mas antes disso, e de forma decisiva, baseia-se numa fina camada, anterior a tudo isso, que se situa logo abaixo da pele e que obedece a leis próprias. foi o que senti quando nos conhecemos.
foi bom reencontrar-te, companheiro do tecto do mundo. és um bom homem, gentil. encontraste o teu rumo, junto da tua querida nadia. tens 2 filhas lindas, adoráveis. e aquela simplicidade desarmante a que alguns chamam nobreza de carácter.
não sei se algum dia to direi, assim, olhos-nos-olhos. mas fica dito, fica escrito, fica aqui para que o 'great scheme of things' o possa saber.
até breve, amigo.
dessa viagem, desse bando de desalinhados que o destino cruzou nesse setembro/outubro de 1998, ficou a amizade com um casal de médicos franceses (ele: espécie de saltimbanco, à época, correndo de emprego em emprego, de cidade em cidade; ela: correndo com ele, filha de marroquinos, típica segunda geração de imigração em frança; ambos: entusiastas 'trekkers' e apaixonados pelo continente asiático).
ontem, jantei com o philippe (e com uma prima minha que me desafiou na altura para esta viagem de uma vida), no nosso bairro alto.
(irresistível de contar o pormenor do beijo - que retribuí, pois claro - na face, à francesa portanto, com que me saudou, em plena recepção de hotel, perante o olhar dos empregados, ajudantes de empregado, chefes de empregado, recepcionistas de segunda, porteiros de primeira, etc, etc.)
nove anos depois, o sr. dr. está a participar num congresso internacional de cardiologistas, tendo duas apresentações a fazer em workshops temáticas, digamos assim. mas continua a ser o phillipe de quem fiquei amigo para a vida.
num diálogo arrastado e arranhado, mas vivo e brilhante, meio em francês, meio em inglês, disse-me: sabes que a empatia entre as pessoas não tem explicação, nem precisa de ter. não se baseia na origem geográfica, cultural, social. não se baseia no que fazem, na sua biografia. tudo influencia, claro, mas antes disso, e de forma decisiva, baseia-se numa fina camada, anterior a tudo isso, que se situa logo abaixo da pele e que obedece a leis próprias. foi o que senti quando nos conhecemos.
foi bom reencontrar-te, companheiro do tecto do mundo. és um bom homem, gentil. encontraste o teu rumo, junto da tua querida nadia. tens 2 filhas lindas, adoráveis. e aquela simplicidade desarmante a que alguns chamam nobreza de carácter.
não sei se algum dia to direi, assim, olhos-nos-olhos. mas fica dito, fica escrito, fica aqui para que o 'great scheme of things' o possa saber.
até breve, amigo.
4 Comments:
Belo tributo á amizade.
O Phillipe, é o sonho-sonhado-quase inexistente-deste-mundo -de coisas-fátuas.
Soube-me bem ler, e saber que ainda há pessoas assim.
Bj.
Um ser extraordinariamente rico, o teu amigo. i wish.
Abraço
as viagens que nos levam para longe e nos trazem amigos... :)
mateso,
olá, bem-vinda novamente.
fico feliz por as minhas palavras terem tido o condão de iluminar um bocadinho mais o archote da 'esperança'. sim, existem. sim, é possível.
flores,
gi.
abssinto,
WE wish.
assim é. e ainda bem para os que com ele se cruzam.
um abraço,
gi.
olá, cristal,
as viagens mágicas são essas mesmo. aquelas que fazem coincidir a viagem exterior com a viagem interior. regressamos mais 'reduzidos' à essência e mais 'ampliados' nas qualidades e nos afectos.
:-)
gi.
Enviar um comentário
<< Home