carta aberta
caro daniel blaufuks,
desculpe a informalidade. escrever de improviso tem destas coisas.
habituei-me a acompanhar a sua obra de forma bissexta - uma entrevista aqui, um artigo ali, mais qualquer coisa num blog acolá.
não sou especialista em fotografia, apenas um amante das coisas belas e das coisas bonitas (no sentido em que encerram em si uma ética).
há uns dias, quase por acaso, dei por mim a desfolhar (e depois a ler com atenção) o seu livro 'sob céus estranhos'.
decidi escrever-lhe ao visitar o seu site, em busca de uma ilustração que pudesse usar no meu blog pessoal. apetece-me partilhar com a pequenina comunidade de leitores-amigos - e consigo - os sentimentos e pensamentos que me atravessaram durante o tempo em que mergulhei nessa história (nessas estórias) da sua família - mas que podia ser, em sentido humano, da minha família. ou, se quisermos, da nossa grande família (por muito que este seja um conceito difícil de interiorizar, como bem sabemos).
preocupa-me a memória, por contraponto ao esquecimento. preocupam-me as lições que teimamos em não aprender. preocupa-me a perpétua procura de um sentido, contra um certo nihilismo materialista que nos cerca.
foi também assim, a partir desta base, que olhei para o seu trabalho. e que vi ? vi um 'labour of love', subtil, elegantemente 'enxuto' no seu todo, mas profundamente humano nos detalhes (e muito humano no domínio do não dito e do não mostrado).
tomei, portanto, a liberdade de lhe endereçar estas palavras. é bom ver quem sabe honrar a memória e partilhar com os seus concidadãos esse tão raro cruzamento entre estética e ética.
sob um céu estranho continuamos todos. só que uns iluminam um bocadinho 'a parte do todo' que lhes tocou. parece-me ser o seu caso. bem haja, como antigamente se dizia.
cumprimentos cordiais,
gi.
desculpe a informalidade. escrever de improviso tem destas coisas.
habituei-me a acompanhar a sua obra de forma bissexta - uma entrevista aqui, um artigo ali, mais qualquer coisa num blog acolá.
não sou especialista em fotografia, apenas um amante das coisas belas e das coisas bonitas (no sentido em que encerram em si uma ética).
há uns dias, quase por acaso, dei por mim a desfolhar (e depois a ler com atenção) o seu livro 'sob céus estranhos'.
decidi escrever-lhe ao visitar o seu site, em busca de uma ilustração que pudesse usar no meu blog pessoal. apetece-me partilhar com a pequenina comunidade de leitores-amigos - e consigo - os sentimentos e pensamentos que me atravessaram durante o tempo em que mergulhei nessa história (nessas estórias) da sua família - mas que podia ser, em sentido humano, da minha família. ou, se quisermos, da nossa grande família (por muito que este seja um conceito difícil de interiorizar, como bem sabemos).
preocupa-me a memória, por contraponto ao esquecimento. preocupam-me as lições que teimamos em não aprender. preocupa-me a perpétua procura de um sentido, contra um certo nihilismo materialista que nos cerca.
foi também assim, a partir desta base, que olhei para o seu trabalho. e que vi ? vi um 'labour of love', subtil, elegantemente 'enxuto' no seu todo, mas profundamente humano nos detalhes (e muito humano no domínio do não dito e do não mostrado).
tomei, portanto, a liberdade de lhe endereçar estas palavras. é bom ver quem sabe honrar a memória e partilhar com os seus concidadãos esse tão raro cruzamento entre estética e ética.
sob um céu estranho continuamos todos. só que uns iluminam um bocadinho 'a parte do todo' que lhes tocou. parece-me ser o seu caso. bem haja, como antigamente se dizia.
cumprimentos cordiais,
gi.
2 Comments:
Merece uma resposta de inegável assentimento! muito bem.
abraço
e teve-a, meu caro abssinto.
que o daniel é um rapaz bem educado.
;-)
obrigado pelo teu assentimento. sou-be-bem.
um abraço.
gi.
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