quase epílogo
abriu o portão grande,
de cadeados largos e de ferro,
e o esboço de cavalo
atravessou o pátio,
exército de nada a preenchê-lo.
com ele, entraram barcos:
fantasmas alteados na poeira.
sem novas, sem alvoroços leves
de chegada.
agora, com o passaporte fresco
para a luz,
a sua gentileza confundia.
mas a cera caíra dos ouvidos dela.
“permanecer”, dissera.
e aceitar as imagens
como são.
ana luísa amaral
de cadeados largos e de ferro,
e o esboço de cavalo
atravessou o pátio,
exército de nada a preenchê-lo.
com ele, entraram barcos:
fantasmas alteados na poeira.
sem novas, sem alvoroços leves
de chegada.
agora, com o passaporte fresco
para a luz,
a sua gentileza confundia.
mas a cera caíra dos ouvidos dela.
“permanecer”, dissera.
e aceitar as imagens
como são.
ana luísa amaral
2 Comments:
Profundo, como sempre.
abraço
faz-se o que se pode, o melhor que se pode e o melhor que se sabe.
(como sempre, indeed.)
um abraço.
gi.
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