21 fevereiro 2007

quase epílogo

abriu o portão grande,
de cadeados largos e de ferro,
e o esboço de cavalo
atravessou o pátio,
exército de nada a preenchê-lo.
com ele, entraram barcos:
fantasmas alteados na poeira.
sem novas, sem alvoroços leves
de chegada.
agora, com o passaporte fresco
para a luz,
a sua gentileza confundia.
mas a cera caíra dos ouvidos dela.
“permanecer”, dissera.
e aceitar as imagens
como são.

ana luísa amaral

2 Comments:

Blogger Abssinto said...

Profundo, como sempre.

abraço

quarta-feira, fevereiro 21, 2007 8:09:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

faz-se o que se pode, o melhor que se pode e o melhor que se sabe.
(como sempre, indeed.)
um abraço.
gi.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007 2:08:00 da tarde  

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