02 janeiro 2007

2007 visto por outros jardins, jardins amigos (ou será 2006 ?)

novo ano
terminada a nostalgia, preparo-me para o ano
que está por estrear.
novo em folha, como os cadernos no início de setembro.
(uma flor de: cristal)


o citador brindou-me hoje com esta bonita frase do camus: 'a verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente'.
não consigo pensar em melhores palavras para "enfrentar" o novo ano que está quase aí ao virar da esquina. não sei o que me espera em 2007, não sei se será melhor ou pior que 2006. não sei se anseie por grandes mudanças ou se desejo que apenas corra um bocadinho melhor que o ano que agora termina. não sou pessoa para ficar a meditar longamente sobre isso. prefiro pensar que com mais um revolver deste nosso pedaço de rocha onde todos vivemos nos tornemos todos melhores seres humanos. pelo menos assim o desejo com todas as fibras do meu corpo. boa recta final e um melhor início de um novo caminho anual. para nós todos.
(uma flor de: nuno guronsan)


'specters move like pilot flames / their widows toast at st. angel / better times collide with now / the tears were warm, i feel them still / their heat to vapor and disperse / and cloud our eyes with weary glaze // you raise your glass and may exclaim / iI'll put my hands on the truth by God" / but it's faster, love, than you and me / faster than the speed of gravity / that's how it catches you from falling / and how it always slips away // specters move like pilot flames / their widows toast at st. angel / better times collide with now / and better times / and better times are coming still.'
um ressonante 2007!
(uma flor de: ricardo mariano)


last year's words
'for last year’s words belong to last year’s language
and next year’s words await another voice.'
t s eliot
(uma flor de: pedro mexia)


DOIS MIL E SETE.
vai ser um bom ano. tem de ser. agora sim.
(uma flor de: abssinto)


NOVA, CADA MANHÃ
'cada manhã é um começo renovado,
ouve o que te diz, minha alma, o alegre refrão.
e, apesar de velhos lamentos
e de pecados mais velhos ainda,
apesar dos problemas que hão-de vir
e do previsível sofrimento,
une o teu coração ao dia e começa outra vez.'
susan coolidge(1835-1905)
trad. hmp
(uma flor de: helder moura pereira)

3 Comments:

Blogger gi said...

arder até ao fim,
consumir-se.
apagar o pavio,
extinguir-se.
credo!
antes voluntarismo terno,
(e o nihilismo de arrasar?);
antes palavras eternas,
(mas tantas rosas por semear).
na calculadora de probabilidades: exílio.
na bússola de possibilidades:
inverno.
esmagados
entre a solidão de Deus
e a solidão do Homem,
escutamos música,
poesia urbana,
um qualquer som sistema,
ilusão de fim-de-semana.
procuramos
vestígios de magia,
uma última epifania.

náufragos por naufragar,
perdidos sem nunca ter tido direcção.
indignos de pena?
que se lixe então a vida,
fiquemos antes pelo poema.

- último esforço, rapazes -
cavalguemos o navio por habitar,
icemos as velas ao vento suão,
ergamos na proa a nossa bandeira.
mas não era afinal mar,
não era finalmente acção,
tão-só um carrossel de feira,
mais pechisbeque de ocasião.

terça-feira, janeiro 02, 2007 1:15:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A verdadeira flor foi a tua homenagem, Gi. Um grande grande obrigado e um abraço ainda maior e que 2007 seja aquilo que tu quiseres.

terça-feira, janeiro 02, 2007 10:44:00 da tarde  
Blogger gi said...

my pleasure.

quarta-feira, janeiro 03, 2007 11:35:00 da manhã  

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