21 dezembro 2006

fragmentos

preâmbulo:
em cima da mesa da sala de estar descansa um disco de um senhor chamado jack ziah. o disco não é grande coisa; ouvi-o por causa de um empréstimo de ocasião (e eu ouço tudo o que me pareça pertencer aos géneros 'americana', 'new weird rock', 'alternativa country', 'folk pop' - não há nada a fazer..). o disco é, dizia, fraquito, há que reconhecer. mas no cd está escrito uma coisa que me tem ajudado a atravessar os dias: 'these times do you no justice'. a mim, talvez; mas seguramente a tanta gente boa que eu conheço.

prólogo:
a inteligência sem bondade é um espectáculo deprimente. com os anos, aprendemos que a bondade é uma virtude, ao passo que a inteligência apenas uma qualidade.

epílogo:
'a sabedoria aposta sempre na inteligência e no longo prazo'.
nunca imaginei que viria a citar um colunista oriundo, ideologicamente, de uma certa direita, neste vosso jardim de inverno. mas também nunca imaginei tantas outras coisas..
o que interessa é essa clarividente frase com que luis queiró encerra o seu artigo de ontem, no jornal 'público'.
a lucidez não tem ideologia - isto também aprendemos com os anos.