dreaming & drinking (coração de sábado à noite)
os 'mammas and pappas' cantavam, há 40 anos atrás, um verso que ainda hoje nos embala os sonhos ('som polimórfico' à la 'beach boys', com recurso a 'wall of sound vocal' - estereofonia sem tecnologia, tudo dentro da nossa cabeça, num 'surround' impossível para a época): 'california dreaming'.
há 30 anos atrás, o preto e branco da nossa infância-televisão era clareado pelos sons coloridos de anúncios-ternos como o dos chocolates regina: 'fantasias de natal, chocolate de leite' ('não, não! - o coelhinho foi com o pai natal e o palhaço no comboio ao circo!!' - dizia a pequena menina do alto dos seus olhos claros).
há 20 anos, 'erámos' 1986 - e o mundo continuava a existir (o apocalipse nuclear, as profecias de nostradamus, etc., haviam ficado por parte incerta). muitos sonhos também.
há 10 anos, pelo menos, que em napa valley (estados unidos) se produz um muito razoável vinho de nova geração.
este fim-de-semana - portanto hoje -, expressões como 'camisas impecavelmente brancas sob finas gravatas impecavelmente negras' saíram à rua e transformaram-se em palavras simples. novos sinónimos tomaram o seu lugar nos dicionários, sem pedir licença a linguistas ou filólogos. 'mel', por exemplo, passou a querer dizer aquilo que queiramos que queira dizer. passou a ser uma palavra incandescente - como o ferro em brasa -, uma palavra moldável se o tempo for certo e o modo justo. (tudo substituível por um coração puro).
este fim-de-semana - portanto hoje - todos estes universos se cruzaram (o tempo fez um flik-flak à rectaguarda e sintetizou 4 décadas num jantar de sábado à noite).
o tempo não existe; tal como 'o fmi nunca aterrou na portela'.
o tempo é uma invenção nossa, para nos esquecermos do que fomos e nos ausentarmos do que podíamos (ainda) ser.
assim ou ao contrário.
há 30 anos atrás, o preto e branco da nossa infância-televisão era clareado pelos sons coloridos de anúncios-ternos como o dos chocolates regina: 'fantasias de natal, chocolate de leite' ('não, não! - o coelhinho foi com o pai natal e o palhaço no comboio ao circo!!' - dizia a pequena menina do alto dos seus olhos claros).
há 20 anos, 'erámos' 1986 - e o mundo continuava a existir (o apocalipse nuclear, as profecias de nostradamus, etc., haviam ficado por parte incerta). muitos sonhos também.
há 10 anos, pelo menos, que em napa valley (estados unidos) se produz um muito razoável vinho de nova geração.
este fim-de-semana - portanto hoje -, expressões como 'camisas impecavelmente brancas sob finas gravatas impecavelmente negras' saíram à rua e transformaram-se em palavras simples. novos sinónimos tomaram o seu lugar nos dicionários, sem pedir licença a linguistas ou filólogos. 'mel', por exemplo, passou a querer dizer aquilo que queiramos que queira dizer. passou a ser uma palavra incandescente - como o ferro em brasa -, uma palavra moldável se o tempo for certo e o modo justo. (tudo substituível por um coração puro).
este fim-de-semana - portanto hoje - todos estes universos se cruzaram (o tempo fez um flik-flak à rectaguarda e sintetizou 4 décadas num jantar de sábado à noite).
o tempo não existe; tal como 'o fmi nunca aterrou na portela'.
o tempo é uma invenção nossa, para nos esquecermos do que fomos e nos ausentarmos do que podíamos (ainda) ser.
assim ou ao contrário.
4 Comments:
e ali entre os 10 e 20 anos, encontraram-se num restaurante fast food com o califormia dreaming como banda sonora
;-)
entre os 4 e 7 anos atrás fui pai! fui padrinho!
entre os 17 e 18 anos atrás, ouvimos pela 1ª vez o FMI!!!
(quais lagostim, viva o cachucho!)
entre os há 27 e 28 anos atrás, conhecemo-nos!!!!!!!
já gastámos 33 anos e uns trocos...
investi alguns desses anos no stock market da amizade.
depois do crash de 1990, com muitas acções a falir, os investimentos que mantive rendem ainda juros elevados.
ganhei confiança, comecei a reinvestir.
...e já tenho novos lucros.
se sábado foi a súmula das nossas vidas, devo concluir que passei toda a minha vida feliz, rindo que nem um perdido durante p'raí uns dez anitos - eheh
obrigado a todos
(estava frescote, não estava?)
chove lá fora ?
- qu'importa! se há calor nos nossos corações.
(the light in his eyes says it all; he'd found control, he'd found control again.)
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